Equipe de Felicio impõe desvio de função a funcionários da Fundhas

Sindserv | 05/02/2021



O Sindserv-SJC está recebendo diversas denúncias de funcionários da Fundhas, que são obrigados a executar atividades que se enquadram em desvio de função. Nesta semana, durante o HTPC (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo), professores e educadores sociais, do Centro de Inovação e Iniciação Profissional, receberam tarefas indevidas. 


Segundo uma das orientadoras pedagógicas, o atual presidente da Fundhas,  George Zenha, criou um projeto, validado também pela diretoria do Cephas, onde professores e educadores sociais terão que produzir videoaulas, gravadas de forma caseira, e sem recursos e capacitação.


Inicialmente, as orientadoras pedagógicas disseram que será um convite, mas terá que ter pelo menos cinco adesões e, posteriormente,  todos deverão produzir as videoaulas com seus próprios recursos.


Ainda que a intenção de George Zenha, formado em Administração de Empresas, seja positiva o mesmo desconhece sobre a necessidade de plano estratégico pedagógico, percursos formativos, objetos e objetivos de aprendizagem, feedbacks, capacitação e recursos de materiais. 


A Fundhas tem 33 anos de atividade, mais tempo do que toda a existência de seu atual presidente, com 31 anos. Zenha tem muito que aprender na instituição, o que não ocorre com a diretoria do Cephas, que atua na instituição há décadas. 


Vale lembrar que no ano passado, o discurso do então presidente da Fundhas, Jhonis Santos, e agora secretário de educação, era de que a Fundhas havia comprado chips para distribuir às crianças e adolescentes, e estes usariam em seus celulares a fim de viabilizar o ensino híbrido. Mas, os chips não foram comprados até o momento. 


Os professores e educadores sociais estão amedrontados  como esse projeto  ‘empurrado goela abaixo’, vez que a iniciativa visa produção de vídeos caseiros e não institucionais. Os professores  e educadores poderão sofrer uma violenta exposição em suas imagens e em seus trabalhos, impactando negativamente em suas vidas profissionais.  Sem capacitação, sem orientação e sem ferramentas, terão que ‘se virar nos trinta’.


É de conhecimento de todos que o ensino híbrido e as metodologias ativas vieram e provavelmente ficarão por muito tempo, dado o momento pandêmico que o mundo,  as  instituições e as  escolas estão vivendo. As videoaulas serão ferramentas importantes para contribuírem com o ensino híbrido. 


Por esse motivo, os professores e educadores sociais NÃO ABREM MÃO de um plano de capacitação e aperfeiçoamento, de uma infraestrutura organizada, dos recursos materiais e tecnológicos para o desenvolvimento e implementação efetivo, do projeto do presidente George Zenha. 


Inclusive porque no serviço público é preciso trabalhar com o Princípio  Constitucional da Eficiência, pois com os professores e educadores sociais melhor preparados para suas atuações funcionais, a instituição conseguirá realizar suas atribuições de maneira efetiva junto aos munícipes de São José dos Campos. 


Basta de discursos vazios, a FUNDHAS, não é um programa de auditório. Professores e educadores sociais merecem respeito para exercerem suas funções com dignidade.  A verdadeira emancipação social pedagógica não admite retrocesso.

PARCEIROS