Sessão Extra: Sindicato critica volta das aulas presenciais em São José

Sindserv | 05/02/2021



Publicado por O Vale, em 04 de fevereiro de 2021

Aulas presenciais

Após a Prefeitura de São José dos Campos marcar para a próxima segunda-feira (8) a retomada de aulas presenciais nas escolas da rede municipal, o Sindicato dos Servidores emitiu uma nota nessa quarta-feira (3) para defender que a medida ocorra apenas depois que professores e alunos sejam vacinados.

Desprezo pela vida

“O planejamento pedagógico da prefeitura para a volta às aulas pode até parecer palatável, mas revela o profundo desconhecimento das condições das escolas municipais, das demandas dos profissionais da Educação, demonstra amadorismo e desprezo pela vida e pela saúde dos educadores e da comunidade escolar”, diz trecho da nota do sindicato.

Situação gravíssima

“Janeiro terminou com os maiores índices de contaminações e mortes desde o início da pandemia, foram 12 mil novos casos e 157 mortes, conforme revelado pelo Jornal O Vale, e estamos diante de uma situação gravíssima na cidade e no país, com uma nova cepa do coronavírus atingindo três estados do Brasil. Entendemos que não é hora de flexibilizar o isolamento social, mas de intensificar as medidas de contenção da propagação do vírus”, prossegue o comunicado.

Exposição ao vírus

“Como sabemos, estamos longe desse cenário de controle da pandemia. Com o retorno das aulas presenciais, mais pessoas estarão expostas à contaminação, não só nas escolas, mas também no transporte coletivo que segue lotado e com frotas escassas”, segue a nota.

Sem diálogo

“O SindServ, entidade representativa da categoria, não foi sequer escutado pela Prefeitura, que sistematicamente negou as solicitações de reuniões para debater o retorno presencial. Não houve qualquer tipo de debate com o sindicato e com a categoria sobre os protocolos sanitários da volta às aulas. Todas as decisões foram tomadas unilateralmente e distantes das condições concretas dos profissionais e das escolas”, continua o comunicado.

Cuidados

O governo Felicio Ramuth (PSDB) alega que “a volta às aulas presenciais não será obrigatória e ocorrerá de forma gradual”, e que “o protocolo sanitário do retorno segue as regras do Plano São Paulo e foi elaborado por meio de um Comitê formado pelas Secretarias de Educação, Saúde e Apoio Social, em constante adequação, conforme orientações da vigilância epidemiológica”.

Cautela

“As aulas não presenciais estão mantidas. As salas de aulas atenderão com 35% de capacidade e frequência semanal (o aluno irá um dia na semana para escola). Alunos do grupo de risco deverão realizar as atividades em casa. Os professores que são do grupo de risco estarão em ambientes sem contato com alunos”, informou a Prefeitura.

Proteção

“O transporte escolar irá respeitar o distanciamento social e terá higienização a cada viagem. Casos suspeitos e confirmados de covid entre alunos e servidores serão monitorados”, informou o município, que afirmou que “todas as escolas municipais já possuem máscaras de tecidos para alunos, professores e equipe gestora, face shield (para professores e equipe gestora), tapetes sanitizantes e termômetro para medir a temperatura na entrada” e que “o distanciamento de 1,5 metro entre os estudantes será respeitado nos ambientes escolares”.

Limpeza

“As unidades escolares contam ainda com álcool em gel 70% e recebem o serviço de sanitização periodicamente. A empresa responsável pela limpeza das escolas elaborou um procedimento específico para os protocolos de higienização dos ambientes”, informou o governo Felicio.

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